Petar

Cavernas – curso básico

A caverna mais conhecida do Petar é a Santana. Além de muito bonita, ela é também frágil e por isso o parque coloca um limite de visitação diário de 100 pessoas.

É a caverna com as formações (ou espeleotemas) mais curiosas e delicadas…é nela que fica o famoso salão Taqueupa, cheio de cristais. Infelizmente o equilíbrio deste salão é tão frágil que o seu acesso é somente aberto para pesquisadores.
Mas ela tem muitas outras formações interessantes, como o anjo, o cavalo, a pata de elefante…

…o bacon…

…a cascata de estrelas (é bem mais brilhante ao vivo).

E muitas outras, como colunas (encontros de estalactites e estalagmites), à esquerda, e travertinos, na foto da direita.

A Santana é enorme, mas o circuito aberto à visitação leva cerca de 2 horas para ser percorrido. É bem tranqüilo, com algumas escadas e corrimões de madeira, poucos lugares estreitos.

É a caverna mais ornamentada…fora que em alguns trechos você anda por essas passarelas sobre a água cristalina, uma sensação fabulosa.

É uma caverna de fácil acesso e, infelizmente, depois de depredações, resolveram colocar uma grade na boca de entrada.

Depois de um relax na beira do rio, seguimos o nosso circuito: ainda temos duas cavernas para visitar, bem próximas da sede. A próxima é a Morro Preto.
É uma caverna resultado de desmoronamento: salões enormes, o caminho todo é percorrido escalando e descendo pedras enormes…um dos seus pontos fortes é sua boca, muito grande:

Como possui muita luz na sua entrada, algumas estalactites são cobertas de plantas, muito fotogênicas…

Um dos lugares mais interessantes é o salão principal, visto de um mirante interno: orquestras já tocaram ali, em vários aniversários do parque. Já imaginaram que maravilha? Pena que com a minha câmera não deu para tirar fotos do interior, o flash não servia para nada…

Abaixo dela tem a caverna do Couto, que exploramos em seguida. Existe uma conexão entre elas, chamada Travessia do Aborto (que nome… 🙄 ). Por umas três horas você se espreme entre espaços minúsculos, como uma minhoca de capacete. Não, obrigada…achamos melhor voltar e seguir pela entrada normal, mesmo.
A caverna do Couto é outra bem sossegada…ela tem um conduto só, atravessada por um pequeno riozinho, uma entrada e uma saída. Fácil, fácil.

Uns quarenta e cinco minutos e você está do outro lado. Bela saída, não?

E pra dizer que não vimos morcegos, bagres cegos, etc. e etc., aqui está um belo sapo cavernícola.

Uma coisa bacana sobre essa caverna é que a saída fica um pouco distante da sede, o que nos faz voltar por uma trilha bonita, que termina na cachoeira do Couto.

Um banhinho e estamos novos em folha!

24 Comments

  1. Mari Campos

    Emilia, essas cavernas são mesmo um show!!!
    Só não consigo mais parar de pensar agora na Eco-mília 😆

  2. Carmen

    Un lugar maravilloso, puedes imaginarte el sueño de Julio Verne “Viaje al centro de la Tierra”. Un lugar para vivir miles de aventuras!!!

  3. Érica França

    Olá, pela primeira vez comento aqui, mas sempre visito seu site. Tinha vontade de conhecer o Petar, mas agora sim irei ao Petar, depois de ver estas fotos maravilhosas! Beijos.

  4. Emília

    Mari, eu morri de rir com o comentário do Jorge 😆
    E não é que o apelido pegou?
    Mas você sabe que eu gosto muito desse esquema natureza (dá para perceber né? 🙄 ), mas eu curto muito de viagens mais urbanas. Gosto de bater perna e xeretar muito…como eu falei na Lucia: me mande para Paris e eu não vou achar ruim 😀
    Carmen, é exatamente esse o espírito! Parece que você volta àqueles livros que leu quando criança e adolescente e vivia sonhando…é pura diversão!
    Além de Altamira, tem outras cavernas famosas na Espanha?
    Oi, Érica, seja bem-vinda!
    Vá sim, se você tem vontade e não tem problemas com hospedagens simples, o Petar é um programão. Além de ser ótimo para feriados com pouco $ no bolso, hehe… 😉
    Um abraço!

  5. Carmen

    Emíla,
    En España hay muchas cuevas, pero grandes y con agua no hay tantas.
    Las cuevas de Altamira son famosas por sus pinturas rupestres, pero en realidad es una cueva pequeña, larga y bajita (ahora ya no se puede visitar, cuando vas a verla lo que ves es una replica exacta.
    Hay otras más grandes con estalagmitas y estalactitas como en Palma de Mallorca “Las cuevas del Campanet” (estuve en esta, con el instituto, en un viaje de fin de curso).
    Hay una impresionante en Rincón de la Victoria “La Cueva”(a esta cueva fuí de adolescente con mis padres).
    Hay muchas más, pero no las conozco.

  6. Emília

    Carmen, então fizeram com Altamira a mesma coisa que com a Lascaux, na França. Fizeram uma réplica para evitar o impacto. Bacana.
    Beijo!

  7. Luisa

    Oi, Emília
    Eu não sabia que cavernas me fascinavam tanto, a primeira que conheci foi na Eslovênia, peguei gosto pela coisa e fui conhecer Bonito, agora você me deixou morrendo de vontade de conhecer o Petar!
    Cavernas – curso básico?! Seu blog é uma aula de espeleologia, isso sim!
    Parabéns!

  8. Majô

    Emília, que formações lindas, a pata de elefante, bacon e cascata de estrelas !!
    No colégio, sempre me encantei com estactites e estalagmites !
    Um belo passeio e curso estamos fazendo todos nós 🙂
    Parabéns querida !

  9. Emília

    Oi, Luisa!
    Aula de espeleologia, nada…o curso básico é para todos nós que visitamos essa maravilha 😉
    Já tinha ouvido falar de uma caverna enorme na Eslováquia, numa revista Volta ao Mundo, se não me engano (uma revista portuguesa muito boa).
    Bacana ter visita da Itália 😀
    Majô, a cascata é realmente linda, brilha muito…e o bacon é um dos meus favoritos. Dizem que em alguns salões são inacreditavelmente lindos, cheios de estrelas de cristais. Pena que o acesso é proibido…
    Beijinho!

  10. Patsy

    Emília,
    Eu tenho pavor de lugar fechado assim, mas sabe que suas fotos ficaram tão legais que até fiquei com vontade de conhecer, não me aventurar em lugares apertador ai isso não… esta maravilhoso esse blog! Um beijão Patsy

  11. Mô Gribel

    Eu fico aflita, vc sabe. Mas que são lindas, ahhhh são!
    Se desse para olhar só da entrada…rs
    Ah, Emília, eu vou para Bs As com uma amiga no Carnaval. Acho que eu já estava sofrendo de abstinência…rs

  12. Carla Castro

    Emília, mais um post delicioso sobre o Petar!!!
    Olha quanta gente voce está deixando com vontade, hein??? 😀
    Ah, qdo eu voltar para o Brasil…
    Abracos,
    Carla

  13. Emília

    Oi, meninas!
    Olha, vocês sabem que a maioria das cavernas é bem espaçosa? Não dá sensação de claustrofobia, não. O que tem é muito sobe e desce, principalmente nas cavernas de desmoronamento. Eu acho que você iria se dar bem, Patsy, sem problemas. Agora, olhar da entrada…é uma judiação, Mô!
    (Adorei que você vai para Buenos, que coisa viciante, não? Já compraram passagem e reservaram hotel?)
    Carla, Carla…não pensa no que você poderia ver por aqui, não, com tanta coisa linda aí! Aliás, os posts de Praga estão lindos demais, estou meio sem tempo de comentar, mas de vez em quando eu dou uma passada, hehe…
    Beijão e bom feriado!

  14. Arnaldo - FATOS & FOTOS de Viagens

    PETAR era meu sonho de consumo, juntamente com o Parque de Ibitipoca, de quando até uns poucos anos eu era montanhista e escalava, fazia rapel, canyoning e trekking. Um deles, Ibitipoca, consegui realizar algumas vezes. PETAR, todavia, ficou só na vontade. Agora com essa série extremamente ilustrativa e informativa, vejo o que perdi.

  15. Emília

    Arnaldo, você não perdeu nada ainda! O Petar é um parque que pode ser aproveitado tranqüilamente, não é necessário ter treinamentos muito fortes de técnicas verticais, a não ser que você queira explorar cavernas muito difíceis. Mesmo as mais fáceis são muito bonitas e divertidas, é só ter o espírito para encarar as caminhadas, estar constantemente molhado e ter que se esfregar nas cavernas 😀
    Fiquei muito feliz com a sua visita!
    PS: Acabei de receber hoje a VT e o seu texto sobre a África do Sul está lindíssimo…recomendado a todos!

  16. Ju

    Acabei de voltar de lá e fiquei apaixonada pelo lugar. Desta vez dei preferência para as cavernas (consequentemente fiz trilhas maravilhosas) e deixei as cachoeiras de lado. Mas com certeza voltarei mais vezes pra explorar esse paraíso na Terra.

  17. Emília

    Ju, me conta quais cavernas você visitou…estou querendo ver a experiência do pessoal em cavernas diferentes destas que estou postando, para poder montar um roteiro para a próxima vez :mrgreen:
    Um abraço!

  18. Ju

    Emília, eu visitei a Ouro Grosso, Alambari de Baixo, Santana, Morro Preto, Cristal e Sítio Novo.
    A Ouro Grosso foi a mais difícil, pois as pedras são muito lisas e o desgaste físico é grande. Mas a aventura vale a pena, pois no final há uma cachoeira e uma piscina. Após passar por tudo, a sensação de superação pessoal é ótima!
    A Cristal é linda, muito ornamentada e com de flores de aragonita.
    Cansamos um pouco pra chegar na Sítio Novo, já que a trilha é íngreme, mas o visual da Mata Atlântica relaxa a mente e ameniza o cansaço. A caverna é pequena e bem ornamentada.
    Espero que as dicas ajudem. E parabéns pelo blog, com indicações de locais maravilhosos.
    bjos

  19. Emília

    Ju, adorei o seu relato!
    Já tinha ouvido falar bastante da Ouro Grosso e fiquei morrendo de vontade…e um pouco de medo, pois realmente me parece que não é fácil. Mas quero tentar…ela tem passagens com abismos?
    A Cristal também já tinha sido recomendada, como uma fácil e muito bonita. Já sobre a Sítio Novo não tinha nenhuma referência. Adorei o fato de ter uma trilha, acho que complementa muito o passeio.
    Excelente! Fica também como sugestão para quem visitar a página.
    Um abraço e obrigada 😀

  20. Janaina

    Olá nossa nunca fui nas cavernas de la, mas deve ser fantástico..Vou fazer meu Tcc lá, ainda não sei em qual delas vou explorar.
    Alguém tem algumas dicas e pode me ajudar a respeito do impacto causado nas cavernas e na sua fauna local.
    Obrigado
    janaina

  21. Emília

    Janaina, infelizmente as cavernas do Petar estão fechadas e por tempo indefinido, justamente por questões ligadas à conservação (entre outras). Dê uma olhada aqui: http://viajeaqui.abril.com.br/indices/conteudo/noticias/75311_comentarios.shtml e aqui http://viajeaqui.abril.com.br/indices/conteudo/blog/77953_comentarios.shtml?7516361
    Talvez seja interessante entrar em contato diretamente com a Secretaria de Meio Ambiente do Estado para verificar o estado das coisas por lá.
    Boa sorte! (Para você e para o Petar…)

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  23. toninho delaqua

    ja visitei este lugar algumas vezzes cada vez fico mais encantado tenho saudades

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