Boipeba

Preparativos para a ilha…

O primeiro passo foi escolher a pousada e acabei ficando com uma das três opções que o Ricardo sugeriu no seu post no Viaje na Viagem (ver post anterior): a Pousada Santa Clara.
Eu já tinha gostado das fotos do lugar, achei que tinha um astral bacana. Depois, ao fazer as cotações, descobri que era o melhor custo-benefício e, além disso, o atendimento feito pelo dono, o Charles, foi uma simpatia.
Só faltava descobrir como…chegar lá. As opções eram muitas: ferry-ônibus (ou táxi)-barco (rápido ou lento), avião até Morro-transfer, catamarã até morro-dormir-transfer, avião fretado direto e várias outras combinações de meio de transporte. Complexo…
Descartei as opções que passavam por Morro, pois não queria dormir lá uma noite ou acordar cedo e me apressar para o aeroporto. O fretado direto para Boipeba foi descartado por razões óbvias – R$ 4.000,00 está bom para você? 🙄
Combinei então o transfer com a pousada: eu pegaria o ferry até Itaparica (Bom Despacho) e lá pegaria o ônibus para Graciosa, um vilarejo um pouco abaixo de Valença. Ali eu pegaria um barquinho rápido até a ilha.

(mapa do site www.ilhaboipeba.org.br)
Apesar de parecer um pouco trabalhosa, a ida foi bem tranqüila.  Já dentro do ferry comprei a passagem para Graciosa, pela Viação Cidade Sol. Os horários combinam com a chegada do ferry a Bom Despacho: é descer de um e subir no outro.
O pessoal da pousada sugeriu um táxi, caso não quisesse tomar o ônibus de linha, mas é muito, muito mais barato e também divertido: ele faz algumas paradas no meio do caminho e é sempre bacana de ver a movimentação dos passageiros, dos vendedores que sobem até o ônibus…
Ao chegar a Graciosa, o Silvinho, dono do barco, já estava me esperando para a parte final da viagem, que iria durar cerca de 50 minutos. A paisagem dos canais é linda: mangue e mais mangue, numa super tranqüilidade que já me fazia imaginar o que eu iria encontrar na ilha.

Pouco tempo depois de partirmos, passamos ao lado da ilha de Cairu, sede do município e onde vemos duas bonitas construções coloniais: o Convento de Santo Antônio e a Igreja de Nossa Senhora da Luz.
 
Infelizmente os horários, tanto da ida, como da volta, não me deixaram parar um pouco em Cairu…fica para um próxima vez.

Já bem relaxada depois do trajeto, com direito a muitas garças e um belo fim de dia, cheguei a Boipeba, na praia da Boca da Barra.
Pude ver a pousada um pouco melhor no outro dia…e era o que eu estava esperando: é simples, bem de acordo com o espírito do lugar, e muito charmosa. Em cada canto que você olha, você vê o capricho e o bom gosto com que tudo foi feito: o jardim impecável, cheio de pequenas esculturas, os mosaicos por toda parte, flores frescas em todos os lugares…

Fiquei com o chalé chamado de ‘casa da árvore’, pequeno e simpático, um banheiro em baixo e o quarto em cima e uma varanda.

Das janelas do quarto se via o jardim tropical…
 
…e um pouco do mar (é, vocês já viram esta foto em algum post antes 😀 ).

Para melhorar, a pousada tem um restaurante delicioso, onde o irmão do Charles, o Mark, prepara comidinhas deliciosas. Eu comi lá na primeira noite e gostei tanto que acabei jantando todas as noites…O ambiente foi montado no meio do jardim, com muitas flores e boa música. O café da manhã também é muito bem feito, cheio de porções individuais (adoro isso!): panquecas, paçoca de côco, batata rösti, além de suco de fruta fresca, pães feitos em casa e outras cositas…
Deu para perceber que eu gostei do lugar, não? 😉
PS: Para outras informações, o site da associação de moradores é bem completo.

17 Comments

  1. Carmen

    Emília,
    É um lugar maravilloso. Si algún día regreso a Boipeba, seguro que voy a esa pousada. Me ha gustado.
    Eu tambén, si puedo subo en algún ônibus o van. Me gustan, ya lo hicé en Itaparica (la ilha de enfrente de Salvador) e também en Arraial d’Ajuda e Maragogi.
    Muchos pasajeros me miraban extrañados por ser uma “turista”, mais siempre, siempre, han sido muy correctos e educados conmigo.
    Emília, eu sí estuve en la Igreja de Cairu e é muito bonita e também tiene uma boa vista del río.
    Parabéns por este post.
    Beijos.

  2. Marcio

    Muito legal Emília. Estou conhecendo Boipeba pelo seu blog.
    Um bjo!

  3. Ernesto

    Depois deste passeio virtual, fiquei com vontade de conhecer pessoalente… E, olhe que eu ja tinha gostado de Morro de São Paulo, que achei calma e simpatica (fui na baixa temporada)

  4. Emília

    Carmen, fiquei com muita vontade de passar em Cairu, mas não deu…e o dó de sair de Boipeba em um dos meus poucos dias na ilha? Na próxima vou arranjar melhor a minha ida (ou a volta).
    Quanto aos ônibus, achei que estavam limpos e eram bem confortáveis. O único problema foi a volta: houve um atraso no ônibus que saía da Camamu (e que peguei em Graciosa) e havia meio mundo para embarcar em Valença no outro ônibus, que ia para Bom Despacho. Quase que fico por lá: fiquei na cola de um fiscal e ele encontrou um lugar para mim…mas sempre é um momento de ‘estudo antropológico’ 😀
    Marcio, no próximo post vou falar sobre a ‘questão central’ de Boipeba, que são as praias 😉
    Ernesto, na verdade eu não conheço Morro. O que sei ouvi por relatos de gente que já foi…sei que a vilinha é bem muvucada, mas uma prima minha ficou na terceira praia e achou tudo bem tranqüilo e relax.

  5. Arthur

    Emilia e Ernesto, também fui em Morro de São Paulo na baixa (maio 2006). Gostei muito de Morro. Aliás, devido ao tempo ruim em Salvador, o catamarã só pode ir a Itaparica. Lá a empresa forneceu um ônibus para Valença e aí pegamos a barca (tipo gaiola amazonense) para Morro.
    O Convento em Cairu é bonito, fui até lá enquanto estava em Morro. Não sei se há outros pontos turísticos em Cairu.

  6. Rodrigo Purisch

    Emília,
    Muito legal sua viagem!
    Como a Carmen fiquei pensando na viagem de ônibus. Lembro de um colega que pegou um ônibus para Prado (linha regional) contando que entrava criança, coco, cachoro, até o ônibus encher. Lá pelas tantas, ele leva uma mordida na perna: era um caranguejo que fujiu da sacola de um dos passageiros….

  7. Emília

    Arthur, seu trajeto também não foi dos mais simples também…mas é bacana porque você vai entrando no clima do lugar aos poucos: vai diminuindo o ritmo, olhando as pessoas, os lugares…quando chega já está no ponto 😀
    Rodrigo, eu morri de rir com a história do caranguejo 😆
    Nossa, os que eu peguei estavam bem mais ‘light’…a única coisa que me pegou de surpresa foram os vendedores que sobem no ônibus para vender de tudo: amendoim, gelinho, pastel…

  8. Carmen

    Emília e Rodrigo,
    As van son mais impactantes que o ônibus. En uma van que caben diez pessoas suben veinte!!!.
    Rodrigo la historia del caranguejo é muito divertida, además é pura realidad.
    En um trajecto Trancoso-Arraial d’Ajuda uma pessoa subió al ônibus con una cesta llena de peixes é olor era muito fuerte, intenso, mais as pessoas nâo decían nada. E otra pessoa subió con um saco lleno de cocos. Eu creo que iban a vender. Eran os dias de a féria del 15 de Agosto en Arraial e a festa é muito importante.

  9. Emília

    Essa Carmen é corajosa…pegar van lotada não é fácil mesmo. Eu até acho um pouco perigoso, na verdade, às vezes os motoristas são loucos.
    Agora…cheiro de peixe é demais! Deveria ser proibido em meios de transporte, como aquela fruta nas Filipinas, durian 😀

  10. Maums

    Nossa, mto legal ver uma matéria como essa.
    Adoro Boipeba… sempre vou la.
    Moro no RJ e sempre q tenho um tempinho dou um pulo na Bahia pra visitar minhar familia. Posso recomendar um lugar? BARRA GRANDE!!! Fica proximo a Boipeba… tentem ir la.
    Bjs

  11. Mô Gribel

    Emília, saudades! Vamos marcar um café?
    Beijo

  12. Emília

    Maums, a idéia original era ir para Barra Grande mesmo. Quem sabe numa próxima? (Se bem que eu acho difícil ir para esses cantos e não querer ficar um pouquinho em Boipeba :mrgreen: )
    Mô, eu também! Nos falamos por e-mail essa semana 🙂

  13. Patsy

    Oi Emilia, estou adorando saber tudo de Boipeba, que gostoso! Estou adorando as dicas e as fotos.
    Bjs
    pat

  14. Emília

    Patsy, logo, logo vem mais posts sobre lá!
    Um beijo!

  15. Majô

    Emília, as fotos estão lindas, nem um pouco analógicas 😉 O lugar é mesmo precioso, passa uma tranqüilidade…. Esses cafés da manhã, tem que andar muuuito depois, né mesmo ?

  16. Emília

    O bom é que lugar para andar é o que não falta, Majô…dá até para ter ilusão de que as calorias do café foram queimadas…e abusar de novo no almoço 😀

  17. GiraMundo com Jorge Bernardes

    Essas viagens pelo interiorzão do Brasil são mesmo inesquecíveis. O nosso povo faz total parte da viagem. Sem essa interação com as pessoas, não tem a mesma graça. Eu também faria o percurso de ônibus na sua situação.

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