Bonito

Bonito: Páginas Amarelas

Para quem estiver pensando em ir para Bonito, aqui seguem algumas das nossas dicas…
Época – O inverno é uma boa escolha para a viagem, pois as águas estão ainda mais claras: as chuvas podem diminuir a visibilidade nos rios. A temperatura está ótima: um friozinho leve, de manhã e à noite, e calor durante o resto do dia. Tivemos dias lindos de sol.
O ponto negativo é a temperatura dos rios: quando se usa neoprene, caso das flutuações, a água é ótima, mas para entrar nas cachoeiras…é preciso coragem.
Tivemos uma boa surpresa: a primeira quinzena de julho, único período em que podíamos ir, é considerada baixa temporada.
Transporte – Descartamos logo de cara o ônibus, pois a freqüência entre São Paulo e Jardim (o ponto final, de onde se pega outro ônibus até Bonito), é ingrata: apenas uma vez por semana. A idéia inicial era fazer o caminho de carro, fazendo uma parada em Presidente Prudente, mas desistimos: íamos ter quatro dias tomados pelos trajetos de ida e volta. Acabamos optando pelo aéreo, no trecho São Paulo – Campo Grande.
O traslado para Bonito (3h e meia de viagem) foi combinado com a agência, que também providenciou os deslocamentos até os passeios. Na prática tivemos a companhia do pai da dona da agência, que, não só foi nosso motorista, mas também um guia, contando histórias da região e mostrando os bichos no caminho, com olho atento. Como era baixa temporada, fomos sempre os únicos passageiros.
Passeios – O preço dos passeios é tabelado e eles sempre são vendidos pelas agências da cidade. Ou seja, simplesmente aparecer no lugar não é uma boa tática: você não vai poder entrar.
Além dos lugares que visitamos (e que descrevemos nos posts até agora), gostaríamos de testar alguns outros, numa próxima viagem: a Cachoeira Boca da Onça, a flutuação do Bonito Aventura, a Estância Mimosa, as cachoeiras do Aquidauana e o mergulho na Lagoa Misteriosa.
À noite, dê uma passada nas palestras do Projeto Jibóia, na cidade. E se tiver coragem, coloque uma das belezinhas no pescoço. 😉
Hotel – Ficamos no Pirá Miúna, um hotel novo, simpático e confortável, bem no centro de Bonito. É bem próximo dos restaurantes e do modesto ‘footing’. 🙂 Fizemos a reserva através da agência, para conseguir uma tarifa melhor.
Além das opções urbanas, é possível também ficar em fazendas, normalmente com seus próprios acessos aos rios. A desvantagem é que são bem distantes da cidade, sempre em estrada de terra. Conhecemos alguns casais que ficaram no Hotel Santa Esmeralda, dos Roteiros de Charme, e gostaram muito.

Para comer – a maioria dos restaurantes fica concentrada no centrinho de Bonito, não muito distantes da Av. Cel. Pilad Rebuá, a principal da cidade.

Cantinho do Peixe: especialista em pintado, fica numa simpática casinha de madeira, típica do interior. Virou o nosso preferido: o pintado no molho de urucum é delicioso e o caldinho de piranha é uma ótima entrada.

Santa Esmeralda: numa das esquinas mais movimentadas da cidade, tem seu forte nas massas. Muito bom para quem já cansou dos peixes e quer um pouco de variedade. A picanha também foi bem recomendada, mas não provamos.

Castellabate: o melhor lugar para provar a famosa carne de jacaré, criado em cativeiro na região de Miranda, no Pantanal Sul. É um pouco fibrosa, mas muito boa, especialmente empanada e acompanhada de batatas sauté e alcaparras, como pedimos.

Sale & Pepe: restaurante de estilo oriental, com maior oferta de peixes. Experimentamos o sashimi de piraputanga e o dourado recheado com cebola. Muito bons.

Pantanal: especializado em carnes exóticas da região e peixes (claro…). Recomendamos as costelinhas de pacu.

Vício da Gula: a nossa sobremesa e o cafezinho eram sempre aqui. Doces e tortas apetitosos.

Aluguel de câmera – Em alguns lojas na cidade é possível alugar a caixa-estanque com máquina digital para fotos aquáticas (porém não a caixa-estanque sozinha).

Compras – Não espere boas compras: as lojas só têm souvenirs ‘made in China’ e camisetas. A única loja que vale a visita é a Berô Can, de artesanato indígena kadiwéu (que vivem numa reserva ao norte de Bonito) e de outras tribos.

19 Comments

  1. Débora

    Com todos esses detalhes preciosos ficou bem mais fácil começar a pensar nessa viagem. Digo começar a pensar porque ainda preciso conhecer algumas grutas ou cavernas antes para não fazer feio em Bonito. (trocadilho sem graç! rs)
    Beijos,

  2. Marcio

    Nossa!!
    Tá aí um guia de Bonito. Muito legal!!

  3. Mauricio

    Oi Emília,
    nossa, extremamente RICO cada detalhe citado no texto.
    Parabens pela excelente matéria.
    Obrigado pelo comentario em nosso site.
    Seja sempre bem vinda.
    Beijos. 😉

  4. Emília

    Débora, Marcio, Mauricio, muito obrigada! Espero que as informações sejam úteis e aproveitadas, um dia.
    (Débora, a tentação dos trocadilhos foi forte quando eu estava escrevendo os textos, mas acho que consegui me conter. 😆 )

  5. Arthur

    Oi Emilia, eu fui na Estância Mimosa. É uma fazenda bem legal, com um lago onde tem uns jacarezinhos e o mais engraçado é que as galinhas ficam em volta do lago, disputando restos de comida e botam eles para correr. O passeio em si consiste numa trilha fácil, passando por umas sete cachoeiras. O almoço era incluído.

  6. Emília

    Arthur, obrigada pela dica! Você foi em que época para lá?

  7. Arthur

    Emília, quase a mesma época: junho de 2004, inverno, portanto. Um final de semana antes de eu ir, havia até geado. Quando eu fui, estava o maior sol. Por isso é necessário conferir os sites de previsão do tempo.

  8. Emília

    Você deu sorte, também, Arthur…mas numa próxima vez eu quero ir numa época mais quente para poder curtir as cachoeiras com mais tranqüilidade 🙂

  9. Ernesto

    Belo Guia, Emilia. Util e instrutivo.
    Sugiro apenas que voce coloque o preço dos passeios e dos hoteis, para faciliatar a vida de quem quer fazer a viagem.

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  12. Emília

    Ernesto, obrigada pelos elogios e pela sugestão…vou começar agora os meus relatos sobre Boipeba 🙂

  13. Ernesto

    Boipeba. legal, é um dos lugares que esta na minha lista….

  14. Pingback: Férias B&B: Bonito e Boipeba « Viaje na Viagem

  15. Carla

    Emília, eu também fui à Estância Mimosa e, como o Arthur, achei ótimo o passeio! Eu fui numa época mais quente, entre o Natal e o Ano Novo, mas as cachoeiras são geladas do mesmo jeito… 😉

  16. Emília

    Sério, Carla? Puxa, estava esperançosa de que as águas estivessem, não mais quentes, mas um pouco menos geladas 🙂
    Mesmo assim eu não agüento e acabo caindo na água. É com certeza bem reenergizante 😉

  17. GiraMundo com Jorge Bernardes

    Eu achava que vocês haviam viajado num pacote dessas agências de ecoturismo… Ficou bem mais barato assim, imagino….

  18. Emília

    Jorge, acabou saindo um pouco mais caro, na verdade, mas porque: 1. queríamos um hotel mais confortável do que os oferecidos nos pacotes mais básicos; 2. como era baixa temporada, o transfer acabou sendo privativo; 3. acabamos fazendo muitos passeios, e os mais caros – normalmente os pacotes só incluem uma flutuação e a Gruta do Lago Azul.
    Mas valeu a pena, pois montamos a viagem do jeito que queríamos.
    Na verdade, acho que Bonito é um dos poucos lugares de ecoturismo em que os preços dos pacotes não são extorsivos. O que uma CVC não faz…
    Para outros lugares eu tenho me assustado com os preços das agências ‘eco’ (especialmente a Freeway).

  19. Lili

    Acho que julho não é a melhor época para visitar Bonito, as águas normalmente são muito frias (imagine no inverno). Sou de Campo Grande e já fui a Bonito algumas vezes, e com relação a hospedagem acho que a maioria dos hotéis em Bonito exploram muito o turista, preços altísimos sem ter muito a oferecer. Portanto se não quiser se sentir enganado hospede-se em uma pousada com preço razoável e aproveite o seu dinheiro para fazer os passeios que são incríveis e valem muito a pena.

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