Nesta semana eu continuava minha leitura de The White Rock, que conta as aventuras de Hugh Thomson quando jovem no Peru e as descobertas arqueológicas de que ele participou. Em determinado momento do livro, ele está lendo Tristes Trópicos, de Lévi-Strauss, e comenta: “Ele também me ajudou a definir uma constante da minha própria experiência de viagem – que viajar é a diferença perpétua entre o que se espera e o que se vivencia”.
Todas as vezes que viajo eu construo na minha cabeça a atmosfera das cidades e lugares por onde irei passar. Imagino que isso deva acontecer com muitos viajantes. Qualquer texto, foto, vídeo ou conversa ajuda nesse processo e ele acontece naturalmente: quando me dou conta, já montei o meu roteiro e me imagino caminhando pelas ruas, já me sentindo ali.
É inevitável, em algum momento da minha estada, que eu me dê conta de quanta diferença existe entre meu lugar imaginado e o real. E é divertido constatar isso. Mas o que existe também é a expectativa que, ao contrário da pura imaginação inócua, pode sim causar decepções. Como não criar expectativas quando se vai ao Camboja e Angkor Wat está no roteiro? Ou na primeira vez em que se visita Paris?
A minha expectativa no Uzbequistão tinha um nome: Samarkand.
Uma das cidades mais antigas da Ásia Central, desejada por Alexandre, o Grande, inspiradora de poemas, o emblema maior da rota da seda: Samarkand é um daqueles lugares míticos que julgamos inacessíveis, como Xanadu ou Timbuctu (este último, infelizmente inacessível agora e não sabemos por quanto tempo). Na minha mente, imaginava uma cidade antiga, com prédios em tons ocres e ornamentos turquesa, grandes bazares, bairros antigos cheios de ruelas labirínticas – e a grandiosidade de todos os monumentos que fizeram a sua fama.
Khiva e Bukhara eram diferentes na minha imaginação, claro, mas não escaparam muito dessa ideia geral que eu tinha delas: cidades que faziam voltar séculos atrás. E foi desta última que saímos numa manhã fria, a bordo do expresso Sharq.
Seguimos pelas linhas férreas do Uzbequistão por 3 horas até Samarkand – ou Samarqand, Samarcanda ou Marakanda, como os gregos a conheciam. Ocupada desde cinco séculos antes da nossa era, colonizada por árabes, persas, turcomanos e mais um punhado de povos, se tornou uma metrópole antes de ser aniquilada por Gengis Khan. Mas, como outras cidades da Transoxiana, voltou à vida: o responsável foi Timur, que decidiu fazer da cidade a capital do seu império. Transformou-a em uma das mais prósperas e belas do mundo medieval, mas fez sofrer os povos ao redor com sua tirania e crueldade.
Saindo da estação, o que vimos foi uma grande cidade, cheia de avenidas largas e prédios soviéticos. Os bairros planejados com ruas sombreadas por plátanos e construções russas do século XIX eram muito agradáveis, bons para caminhar, mas não era para isso que tínhamos vindo até aqui. Esperávamos que o lado leste da cidade fizesse jus ao nome e nos revelasse um pouco mais de oriente.
Mas, depois do check-in e um bom almoço, o que vimos não foi muito diferente: mais avenidas largas, grandes parques, fontes e murais em estilo soviético e de repente estávamos ali, na frente dele: o Registan.
O emblema maior da minha viagem, o centro de toda a atividade na antiga Samarkand: três grandes madrassas, monumentos que sobreviveram a terremotos e à natural degradação do passar do tempo. As restaurações dos revestimentos e obras de arte originais trouxeram para nós alguns dos mais belos exemplos da arte islâmica.
Estas são algumas das mais antigas madrassas do mundo, o que vale especialmente para a Ulugbeg, da esquerda, que é do começo do século XV. A sua construção foi ordenada pelo próprio Ulugbeg, neto de Timur – mais cientista que governante, era um matemático e astrônomo talentoso.
Há aqui uma exposição sobre sua importância na história da astronomia, mas o melhor lugar para testemunhá-la é numa colina afastada, próxima à enorme escavação arqueológica de Afrosiab (onde ficava a primeira Samarkand). Enterrado ali está uma parte de seu astrolábio gigantesco, com raio de 36m. Construído em 1420, era um dos maiores do mundo e fazia parte do seu observatório.
Mas a madrassa no Registan é também prova do seu interesse em investir em educação e transformar Samarkand no centro de ensino da Ásia Central, o que de fato aconteceu.
As outras madrassas vieram somente dois séculos depois: a Sher Dor, com uma fachada conhecida de leões que, assim como a Nadir Divanbegi de Bukhara, desafia a proibição islâmica de retratar seres vivos…
…e a Tilla-Kari, ao centro do complexo.
Além de um simpático jardim de frutas no seu pátio e das tradicionais lojas de artesanatos e ateliês, ela abriga o que talvez seja a mais bonita mesquita da viagem (apesar de pequena): tetos e paredes em folha de ouro e turquesa, trabalhados com minúcias. Difícil encontrar rival para o efeito artístico conseguido na cúpula.
Hoje esse patrimônio está muito bem mantido, dentro de um belo parque, em frente a uma das maiores avenidas da cidade, a Registanskaya. Mas esse também foi o motivo do meu choque: não esperava ver o Registan embalado para presente, como uma joia na caixinha. Ele está ali, lindo: esperamos o reflexo do pôr-do-sol nas suas fachadas e ainda voltamos no outro dia cedo para vê-lo sob outra luz. Mas e o ambiente que me faria voltar séculos no tempo? É claro que as cenas dos bazares e caravanas ao redor das madrassas se perderam em alguma época, mas o que vejo hoje é um museu.
Do lado direito do parque do Registan começa a Tashkent Kochasi, um calçadão amplo, cheio de lojas novas. Pelo meu mapa, ao redor estão alguns bairros antigos, inclusive o bairro judeu. Mas não dá para ver nada: muros altos os separam do brilhante calçadão. Em certo momento pude ver um dos portões de acesso aos bairros. Fiquei chocada.
Na fronteira com os bairros russos está o mausoléu de Gur-e-Amir, um dos mais importantes monumentos da cidade.
Ali está a família de Timur, incluído o próprio e Ulugbeg. Ao seu redor, mais um horrível muro, separando um bairro tradicional de um ponto turístico importante.
Ficamos sabendo da vontade de Karimov de transformar Samarkand numa vitrine do desenvolvimento uzbeque: o planejamento urbano da parte antiga da cidade era resultado disso. Casas simples e ruas de terra não combinavam com o seu projeto e por isso acabaram segregadas. As largas avenidas, cheias de painéis de propaganda, são o complemento dos muros em torno dessas construções que fazem parte da lista de Patrimônios da Humanidade da Unesco. Só não entendo como a própria não fez nada para que, ao invés de demolidos, vários hammams antigos fossem restaurados, para ficar num exemplo. Muitos ficavam numa área onde hoje está uma grande praça estéril, ao lado do Registan.
Mas Samarkand é muito maior que os surtos de “enobrecimento” de sr. Karimov. Depois de visitar Gur-e-Amir…
…é só seguir até os fundos do mausoléu que um portão dá entrada ao bairro. O monumental fica para trás e tudo tem uma escala mais humana: as casas em pequenos becos, a mesquita antiga, a vendinha dos dois jovens irmãos e o senhor recém-tornado avô (cujas histórias contei aqui).
Pouquíssimos carros circulam, jardins e pátios são vistos pelas portas entreabertas, o silêncio conforta. Quase saindo, por outro portão, vi alguns B&B e achei que aquele seria um bom lugar para ficar. Mais alguns passos e estava na Registanskaya novamente.
Na outra ponta da avenida, o calçadão pode esconder muita coisa, mas leva a um lugar que não perde a essência, mesmo com as intervenções estéticas no decorrer de seus 600 anos de existência: o bazar Siob. Os bazares da Ásia Central são alguns dos melhores lugares para se visitar em cada cidade e o de Samarkand perde em tamanho para o Osh, de Bishkek, e o Chorsu, de Tashkent, mas não em animação. Em pleno meio da tarde havia muita gente à procura de legumes e verduras, além das frutas incrivelmente doces: essa é a verdadeira experiência gastronômica no país – os figos e ameixas comprados aqui estragaram para sempre qualquer experiência posterior nossa com essas frutas.
Há também a comida básica de todas as refeições, o pão, que normalmente é vendido em antigos carrinhos de bebê, picles de todos os tipos e uma variedade ainda maior de iogurtes, vendida numa área específica para eles.
Ainda sobram espaços para comer um cachorro-quente ou shashlyk (embora pareçam menos saborosos que as samosas vendidas nas casas dos arredores) ou talvez comprar um berço tradicional: quem assistia ao programa antigo do Anthony Bourdain talvez se lembre do episódio do Uzbequistão, quando ele compra um deles como presente para um casamento ao qual foi convidado…
O enorme bazar parece pequeno do lado da sua vizinha, a mesquita Bibi-Khanym.
Parte do complexo de monumentos que deu a Samarkand o título de Encruzilhada de Culturas pela Unesco, o que vemos aqui é na maioria reconstrução após um terremoto destruir as principais estruturas, no final do século XIX. Aparentemente a construção era ousada demais para a época em que foi feita, durante o reinado de Timur, e estava nos limites da segurança.
Além de ter sido feita rapidamente: segundo a lenda, quem encomendou a obra foi sua esposa chinesa que dá nome à mesquita, e ela apressou o arquiteto para que ficasse pronta antes que Timur voltasse de uma campanha. Ele se apaixonou por ela e só concordou se ela o beijasse, o que aconteceu. De alguma maneira, Timur ficou sabendo e a história terminou de maneira trágica.
É fácil aqui adquirir uma noção do ideal de cidade que Timur havia pensado para Samarkand ao ver uma obra como essa mesquita: grandeza, imponência e beleza, que deviam ter a função de conquistar a admiração, assim como mostrar seu poder aos seus súditos e estrangeiros. Tudo é gigantesco aqui, inclusive o Corão que ocupa o pátio central.
Não muito longe dali, descendo a colina e tomando mais uma das largas avenidas, chega-se ao lugar que talvez que mais retenha o espírito antigo de Samarkand: Shah-i-Zinda, ou Avenida dos Mausoléus. O nome não promete muito, mas este é um lugar sagrado e belo.
Depois do primeiro portal, uma mesquita à esquerda recebe alguns dos peregrinos para orações, enquanto outros sobem a escadaria, passando pelo segundo portal: um corredor cheio de edifícios tão incrivelmente bonitos que mais parecem um catálogo das mais diversas artes islâmicas.
Cada um dos mausoléus é totalmente diferente do outro, e os azulejos conseguem ser tão ou mais impressionantes que o exterior, sem contar com o trabalho de ghanch (gesso trabalhado) e escultura em madeira.
Seguindo em frente pela “avenida”, chega-se ao centro do complexo, o túmulo de um parente do profeta Maomé, que trouxe o Islã para essa região no século VII.
As atuais construções são da época de Timur e muitos membros de sua família estão enterrados aqui. Esta é uma Samarkanda que Ibn Battuta poderia ter encontrado quando esteve por essa região, em mais um pedaço de suas viagens sem fim.
A Samarkand de Timur, Bibi, Ulugbeg e Ibn Battuta pode ter desaparecido com o tempo e com a ajuda de governantes sem qualquer noção, mas a cidade continuou sua evolução no tempo, se tornando uma das maiores metrópoles uzbeques, cheia de vida. E a verdade é que, com ou sem as intervenções estéticas, jamais deixaria de ser um museu de uma época de ouro. E que museu!
Se Bukhara e Khiva acolhem, Samarkand prefere impressionar. E nós também nos tornamos reféns de Timur e seu sonho de grandeza. Depois de tantas expectativas e choques, eu também me dei conta de que tinha me apaixonado por Samarkand. E pelo Uzbequistão.
E naquela última noite na cidade, mesmo dançando em meio a famílias num restaurante-balada kitsch, eu me sentia melancólica. Tinha ainda o Quirguistão pela frente, mas era como se minha viagem terminasse ali. Queria ficar mais. Preciso voltar.
Mila achei tudo tão diferente e lindo. Que maravilha conhecer tantos lugares até então desconhecidos por mim, e surpreendentemente incríveis. Obrigada por compartilhar. Beijos
VIAJAR nas viagens dos outros é um grande programa. Especialmente em blogs de viagens. Mas viajar na NOSSA viagem, é ainda mais delicioso. Quero dizer, como foi maravilhosa esta nossa viagem e como este destino PRECISA entrar na lista de desejos dos brasileiros, não? Samarkanda nos acendeu ainda mais nosso desejo de conhecermos o irã.
Em resumo, o post está bonito como sempre. Parabéns.
Que lindo tudo isso. Desde pequena, mesquitas, minaretes e todas as construções do gênero mexem muito com a minha imaginação viajante; dá até frio na barriga só de ver foto. E, sim, eu também construo na minha cabeça a atmosfera das cidades e lugares por onde irei passar, sem dúvidas!
Emília que show!!
Vamos por partes:
Para mim viajar e experimentar, temos que escapar mental e fisicamente do normal.
hehe segue estava vendo o trem igual ao que circulamos em algumas linhas da Transiberiana, deve ser uma das boas heranças da URSS.
Sobre a arte – Fico pensando se eu fiquei encantado com a Alhambra em Granada, imagina nesta região, iria pirar. A arte Islâmica é algo muito diferente, as enorme sequências de esculturas repetidas nas abóbodas e tetos, o Alá é o senhor nas paredes é uma absurdos os detalhes.
Fora esta mística da região.
Beijão e parabéns novamente.
@GusBelli
Obrigada, minha querida!
Como sempre, estávamos lá e sempre pensando em vocês e nos pequenos, se iriam gostar ou não…Eu acho que sim 🙂
Um beijão!
E meu querido, obrigada mais uma vez pela companhia nessa viagem incrível, de sonho…
E falando em expectativas, o melhor é que ela excedeu todas!
E sonhemos com o Irã…
Um beijo.
Mari, é impressionante como criamos essas atmosferas em nossa cabeça! Nossa imaginação é muito fértil.
E alimentada pelos contos de fadas…Acho que essa nossa fixação com arquitetura islâmica deve vir do contos de Aladim e Ali Babá nas Mil e Uma Noites 🙂
Um beijo!
Gustavo, concordo plenamente contigo: só quando você se desliga do “seu mundo” é que consegue focar na viagem e aproveitar cada pequeno detalhe, cada momento. E são esses que muitas vezes ficam na memória depois de anos…
E eu simplesmente adoro a Alhambra! Voltei a ela no ano retrasado e continua encantadora para mim. E, se puder voltar, continuará a ter. A arte islâmica tem técnicas incríveis, cada edifício é verdadeiramente uma obra de arte. É uma maneira de encarar a arquitetura que não devemos ver mais, infelizmente…
Um beijo!
PS: Vi as fotos que tiramos dos trens (meio que escondidos, eles são chatos com isso) e me lembrei dos seus posts: quem sabe um dia ainda não sigo o mesmo caminho?
Emilia, seu relato é lindo. E é super curioso ver o que o turista “convencional” vai ver no Uzbequistão. Eu fui com uma excursão com amigos no que os agentes chamam de “turismo religioso”. Além dos monumentos que vc mostra aqui, também fomos a tumbas de “homens santos”, escritores e mestres persas de outras épocas.
Como o roteiro era bem fechado e o propósito daquela viagem era mais de auto-conhecimento e menos de turismo, a pessoa que organizou a viagem nos indicou textos e poemas dos escritores que visitariamos as tumbas, mas sugeriu que a gente não pesquisasse nada a respeito, como guias de viagens etc, justamente para não criar falsas expectativas. Foi a única vez que não li absolutamente nada antes de uma viagem e nem fiquei fazendo perguntas aos amigos que haviam feito a mesma viagem em anos anteriores. Acabou por ser saudável pq como eu não sabia o que viria pela frente, estava aberta para qualquer coisa, inclusive banho no hammams 🙂
Meu tour foi o inverso do seu, começamos em Samarkand e terminamos em Khiva. Saimos e voltamos tres vezes do Uzbequistão – pq tb fomos ao Turcomenistão e Kasaquistão – e sempre, sempre a melhor sensação de bem-estar era com os uzbeques. O melhor melão do mundo tb comemos ali. Ai, que saudade. Tb preciso voltar! 🙂 Beijos
Que post lindo. Que fotos maravilhosas. Quanto sentimento… E que lugar incrível! Me encantei!
O mundo é grande e lindo demais, que bom que sempre tem alguém que nos surpreende quando menos esperamos!
Um beijo pra vc!
Emilia,
Já me apaixonei pelo Uzbequistão. O texto está muito convidativo, bem escrito, cheio de emoção. Que cores lindas. Fotos impecáveis. Me pegou de jeito.
Um beijo
Claudia
Oi, Emília. Tudo bem? 😉
Seu post foi selecionado para a #Viajosfera, do Viaje na Viagem. Dá uma olhada em http://www.viajenaviagem.com
Até mais,
Natalie – Boia Paulista
Estas fotos das cúpulas grandes e azuis, tão ricamente adornadas, fazer trasladar-me para os contos das Mil e Uma Noites. Histórias e simples contos, cheios de aventuras e narrados com grande imaginação pela Scheherazade.
Um lugar lindo.Digno e bonito perfeito para ter grandes lembranças.
Emília, eu sempre penso nessas ilusões quando conheço um lugar novo. A gente cria tanta expectativa ao ler as impressões dos outros, mas nossos sentimentos a gente só descobre quando caminha pelas ruas, sente a alma do lugar. Eu senti bem isso em São Petersburgo. Minhas idéias ainda por cima eram baseadas nos livros que li, em histórias que se passavam numa época em que sequer existiam automóveis. Quando cheguei lá, a primeira coisa que pensei é que aquela não era a cidade com a qual eu sonhava. Mas aí a gente conhece a “nova” cidade e passa a gostar dela por motivos que nem imaginava. 🙂
Sei que você agora está e outra viagem especial, mas, como você sabe, guardo os seus posts para ler com calma. E que hora seria melhor do que o meio de um carnaval em casa? 😉
Beijos!
Kelli, o seu comentário é um complemento incrível para o texto, pois dá um ponto de vista totalmente diferente. Achei a sua oportunidade de viagem única, e deve ter permitido uma visão profunda sobre a arte e a religião no país. E além disso você também pode conhecer turisticamente.
Você sabe que a minha dinâmica de preparação para viagens tem sido um pouco diferente: antes eu lia tudo o que podia nas semanas antes da viagem. Ainda faço isso e muito, mas no período de planejamento e reservas. Próximo à viagem eu tenho observado que não tenho me animado a ler mais, talvez como uma maneira de aumentar a sensação de surpresa.
Imagino que você deva ter visitado muitos mausoléus ao redor de Bukhara: li sobre eles e fiquei interessada, pena que não tivemos tempo.
E sobre os hammams, o que achou? 🙂
Obrigada pela visita e um beijo!
Carina, eu esperava bastante e mesmo assim me surpreendi: acho que focava tanto na arquitetura e monumentos que me surpreendi com a vida cotidiana que se desenvolvia ao redor deles…
Oi, Claudia!
Foi uma viagem muito especial e recompensadora, difícil não escrever sobre ela, ainda mais com saudades…
Obrigada, Natalie!
Carmen, foi exatamente essa a sensação que tivemos: estar num cenário real de contos de fadas. E deixou lembranças que deverão durar para sempre…
Um beijo para vocês!
Oi, Camila!
Achei interessantíssimo o seu comentário sobre imaginar a cidade em outras eras: acho que às vezes caímos nessa armadilha 🙂 Eu acho que também esperava um ambiente diferente em Samarkand (camelos ao invés de carros? Rs…)
Mas o fato de ter focado tanto nas cidades antigas e seus monumentos me fez esquecer justamente a vida que acontece ao redor deles. Percebo que, muitas vezes, a memória de uma viagem está mais ligada a esses pequenos momentos do dia-a-dia do que às atrações principais.
Sempre bom ter a sua visita aqui, um beijo!
O hammams foi uma experiência quase antropológica. hehehe Tem que deixar de lado muitos conceitos ocidentais de higiene para desfrutar da experiência, que é extremamente relaxante 🙂
Beijos!
Kelli, queria muito ter ido a um hammam que eu vi em Bukhara, mas infelizmente não deu tempo.
Taí uma cidade que eu poderia ter colocado facilmente mais um dia…
Um beijo!
Imagens fantásticas e um local sem dúvida a visitar no futuro. Obrigado pela partilha.
Obrigada pela visita, Luis!
Lindas fotos e texto apaixonante!! Começou bem com esta frase que entrou para meu livrinho de filosofias de viagem: “Ele também me ajudou a definir uma constante da minha própria experiência de viagem – que viajar é a diferença perpétua entre o que se espera e o que se vivencia”. 🙂
Já tinha viajado no relato do Arnaldo, agora viajei aqui! Uzbequistão está na minha lista e teve um upgrade recente! Vou conhecê-la em setembro!! So excited!!! Turcomenistão, Khirghistão e Cazaquistão também estão na lista. Não estou me contendo de ansiedade!
Voltarei para reler os textos e incorporar ainda mais a aura de poesia que envolve a rota da seda.
Beijos
Oi, Fê! Que bom que pudemos dar um gostinho do que você vai encontrar…Tenho certeza de que será um viagem inesquecível, é uma região do mundo com características muito próprias e com um povo muito acolhedor, discreto. Nos sentimos muito bem.
Depois lerei sobre suas impressões no blog 🙂
Façam uma linda viagem, um beijo!
Emília,
Me apaixonei por seus relatos e suas fotos. Comecei a pesquisar sobre o Uzbequistão no começo deste ano e seu blog foi o primeiro a ser visitado. Achei seu blog incrível.Parabéns !
Estou planejando minha viagem para abril do próximo ano. Viajarei para o Uzbequistão e Irã. Dois países que realmente me fascinam.
Bjs
Paula
Oi, Paula!
Que maravilha ouvir teu relato, fico muito feliz que o blog tenha ajudado no planejamento da viagem.
Acredito que vá gostar muito do Uzbequistão, sentimos muitas saudades da nossa viagem para lá.
E também vai para o Irã! Acabamos de voltar de lá, há duas semanas. É um país maravilhoso, de pessoas gentis e lugares históricos incríveis. O estilo de vida é o que mais me atraiu por lá. São dois destinos que têm tudo a ver um com o outro.
Qualquer dúvida, me dê um toque aqui.
Um abraço!
Emília,
Nossa, que legal que vc acabou de voltar de lá. Vou esperar ansiosamente para ver seus posts e suas fotos. Se possível, gostaria de saber por qual agência de viagem você foi para o Irã. Já entrei em contato com três agências locais e nenhuma me respondeu (não sei se devido aos problemas locais com a internet – vi em um blog de uma brasileira que mora lá que é um problema recorrente).
Um grande abraço,
Paula
Paula, nós fomos com uma agência brasileira chamada Highland, que gostamos muito. Mas o operador local de lá se chama Sarvineh Parvaz (dá uma olhada aqui: https://www.facebook.com/sarvinehparvaz).
Ocorreu tudo bem, foi ótimo o serviço deles.
O blog que você viu foi o Coordenada XY? Se sim, encontramos a Caroline para jantar em Teerã, junto com o Gabriel e a Marcia do Gabriel quer viajar 🙂
Emília, foi o blog da Caroline mesmo. Li todos os posts dela sobre o Irã, gostei muitooo .Ela dá dicas bacanas… já assisti o documentário que ela indicou “The Queen and I” e estou atrás de outro… ”My Stolen Revolution” também dirigido pela Nahid Persson(mas como foi feito neste ano, ainda não está disponível no youtube e o dvd também está difícil de achar). Muito legal você ter se encontrado com ela.
Obrigado pela dica da agência !
Bjs
Paula
Adorei. Foi como se estivesse lá
Post maravilhoso! Super atendeu ao meu desejo de informações sobre o Uzbequistão, e a certeza de que se pode visitá-lo sem receios, país que despertou o enorme desejo de conhecê-lo “ao vivo” depois de minha visita através do livro, “A Poet and Bin-Laden”.
Ana Luiza, o Uzbequistão é muito seguro e tranquilo de se viajar. E um dos meus maiores sonhos de viagem realizados…
Espero que tenha a incentivado a ir.
Seja bem-vinda aqui, um abraço!